De ti quero a urgência desmaiada dos teus olhos
Da tua boca elétrica em acordeão moribundo
Perdido nos ombros que me nascem
Quero as trombetas ruidosas do teu peito
Quero a insensatez e o medo
Das flores das tuas mãos
Quero o amor que tu não sabes
O estridente das tuas veias
E das artérias que se partem
Quero a violência vertical das tuas pernas
E do amor que me promete
Quero-te na confusão do fim da tarde
Do fim do vinho
Do sabor confundido das árvores
Da garrafa acabada
Do cigarro e da erva
Do barulho da minha cabeça
E dos tambores que eu não sei
Quero a tua boca desabotoada
O teu coração a fazer barulho
Quero-te só.
Agora.
O que é. Isso basta.
Não quero depois. Porque o depois não há.
A água da tua boca
E o roxo dos teus olhos
Agora.
E os pássaros das tuas mãos
E os teus dedos todos.
E sou fonte desavergonhada
Desmembrada
Dessacralizada (como se isso fosse possível)
«Des»
De um urgentíssimo «des»
E doada. Sempre me doo.
Para que venhas comigo. Em mim.
Mas só agora.
Agora só.
#ElasDoAvesso
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