Uma causa grande é aquela em que o teu benefício só acontece por fazeres algo que ajude os outros, deixares algo que traz benefício aos outros, sem tu mesmo te beneficiares com isso… Nem a realização de os veres felizes, é um fazer desapegado. A alma pede que faças e no ato de o fazer, sonhar, a realização ocorre. Com ou sem resultados. O foco é deixar o mundo melhor para os outros sem que ganhes nada com isso. Continue reading
Categoria: Escrever
Ricardo Reis – o indiferente ou o injustiçado?
Um contador de estórias em ode, um anunciador da Verdade sem império, um verdadeiro latinizante, porque a Verdade pede glória e a glória exige eruditos, não que a erudição lhe chegue, à Verdade, mas cabe-nos a nós, humanos e humildes ofícios da Verdade, cantá-la com nobreza no tom estoicista a que ela obriga. A Verdade passou ao lado, mas nem por isso deixou de lá estar. Este é Reis, mais a descoberto… mais desnudo, talvez, do que ele gostaria… Continue reading
Quando me iluminar
Quando me iluminar, passarei a ver a luz dos “outros” além das “falhas”, além do que a sociedade disse, decretou com um machado na mão, que era uma falha.
Vi um jornalista a apresentar uma estátua. A estátua de D. Sebastião, moderna, de um escultor chamado João Cutileiro. Continue reading
Sobre “Adeus” de António Lobo Antunes
Hoje, arrastei-me para a secretária para dar uma aula de heteronímia pessoana, mas o tempo atropelou-nos e, antes disso, resolvemos um exame (2013) onde figura esta obra-prima, assinada por António Lobo Antunes… li-o antes da aluna chegar, como que num augúrio qualquer de que ia chorar… no entrelaçado das frases, algo me ia levar para o profundo mistério onírico que é estar vivo. Continue reading
Uma Borboleta Quer Dizer Metamorfose
Hoje, terminámo-nos. Não mais do que isto. Meia dúzia de frases bastarão… ou, porque nada irá chegar, fico-me pela meia dúzia.
Amanhã termino a borboleta que comecei, quando te conheci. Durámos o tempo de uma borboleta. E foi bom. Lembro-me de me dizeres que não querias que eu fosse efémera como uma borboleta… acho que o Universo te fez a vontade ou, no fundo, tu já sabias que eu me ia, quando ela acabasse. Continue reading
Carta de Dor de Uma Menina de 14 Anos
Este texto não está publicado integralmente, nem poderia… um dia, talvez, ele veja a luz das livrarias num livro… por enquanto, ele é meu. Mas porque eu já não sei ser só minha e porque também publicar me cura, fica aqui um excerto muito breve de um total de 3103 palavras. E começa assim:
Não sei ser livre… sou demasiado cuidadosa, demasiado preocupada com a opinião dos outros para ser livre… estou demasiado ocupada com aquilo que os outros vão pensar sobre mim… e magoo-me. Sujo-me na terra onde nem sequer me permiti rebolar-me. Continue reading
Dá-me azulejos e rosas, meu amor
Sento-me aqui… nesta janela inventada, num Porto que não me incomoda, que não faz barulho…
Tenho cuidado… e escolho criteriosamente o lugar que vai albergar esta cerveja e o meu caderno. Sou quase íntima do Porto, ainda que cidade emprestada aos turistas… é difícil encontrar uma esplanada que não me lembre de casa… que me afaste o suficiente de lá, de casa, aqui… agora.
Da Verdade e da Má Educação Ao Domingo
Chateia-me a esgrima por motivos vãos… Dadás do pós-moderno… Arroz bélico , argumentos de braços em sangue, caras desfiguradas pela conclusão válida… Lógicos inventados… Secos, sem causa, sem amor possível… Embalagens de fart bomb… Cães abandonados… E eventos de domingo.
O meu vestido vermelho
“I’ve got my red dress on tonight”, said Lana…
o meu vestido vermelho foi sempre a minha caneta e o meu papel. Nunca soube amar, dizer que amava, dizer que queria de outra forma.
É aqui
Aconteça o que acontecer… faça eu o que fizer, é aqui
Nos livros, na intuição (para dentro) que eu sou feliz
Mesmo que chore, mesmo que me doa
Mesmo que pareça que o meu peite abre, estilhaça Continue reading