Oh… por que não me amas o corpo? Esta pele que te ama, também. Esta ânsia, este não sei o quê que te quer, que é falta de carne exposta… que não é Deus, bem sei… mas que te quer, que precisa de te resolver… no meu cabelo, no meu colo e na pele que te estala os olhos.
Não te amo… só te quero. E o que dizer a esta mesa cheia, vazia de ti, arrastada da vontade e dos meus olhos que te querem?! Está quase. Mas é um quase que nunca chega, que não conheço… e para quê conhecer tudo?
Conhecer-te o tempo… e a pele de novo… quero-te no amor inventado na pele, nas ironias, na dor ácida dos teus dedos… na verticalidade estendida das tuas pernas e da força quebrada, dobrada dos teus braços.
Quero te, mas nunca te amo. Não assim.
Eu preciso dos homens que não vêm, dos homens que me falham as horas, a vida, as vontades e o corpo.
Preciso, porque são eles, os homens, que me mandam para os versos, para a palavra impossível, para o coração quebrado e para o ar em quebranto.
Preciso de interromper jantares, esta multidão e tu…tu aqui no peito e na urgência das minhas pernas e do meu ar colado no esófago. A urgência do nada que não vejo, que não preciso de ver. Agora. Isso basta
P.S.2: POR FAVOR, FAZ PARTILHA PÚBLICA COM A HASHTAG #ELASDOAVESSO.